Um facto que, provavelmente, a maioria dos portugueses desconhece é que Portugal é o sexto maior produtor mundial de azeite. Um outro facto que a maioria dos portugueses também deve desconhecer é que existe uma empresa americana que usa tecnologia Blockchain para garantir que o azeite é realmente extra virgem.

Vamos começar por explicar o que é a tecnologia Blockchain.

A tecnologia Blockchain surgiu nos anos 70, através de um artigo científico, publicado em 1976, que apresentava a ideia de um registo distribuído. Essa é a ideia do Blockchain. Contudo, para que o Blockchain se tornasse a importante tecnologia que é hoje, foram necessárias passarem algumas décadas, alcançar o poder de processamentos dos atuais computadores e uma moeda virtual, chamada Bitcoin.

Mas afinal, o que é o Blockchain?

O Blockchain é um registo digital incorruptível e que pode ser programado para registar transações financeiras ou algo que tenha valor virtual. A informação armazenada num Blockchain existe como uma grande base de dados partilhada, que está sempre a atualizar e a ser alterada, uma vez que a informação que contém também é modificada.

A base de dados Blockchain não se encontra guardada em nenhuma localização específica, demonstrando que os registos que mantém são verdadeiramente públicos e fáceis de verificar. De igual modo, por não existir nenhuma versão centralizada da informação, torna-a impossível de ser alterada por um hacker.

Como é que toda esta tecnologia se relaciona com a produção de azeite?

A CHO, um dos grandes produtores de azeite dos Estados Unidos, está a utilizar a tecnologia IBM para possibilitar os seus clientes a seguir o seu azeite.

Como?

Todo o processo desde o pomar onde as azeitonas são cultivas, passando pelo lagar, até às instalações onde o azeite é filtrado e engarrafado, é monitorizado e filtrado pela tecnologia IBM Food Trust.

Segundo a própria IBM, a rede cloud baseada em Blockchain fornece aos seus clientes, fornecedores e produtores da indústria de alimentos, dados de todo o ecossistema alimentar, permitindo um maior controlo, transparência e eficiência.

Cada nó no Blockchain é controlado por uma entidade separada e todos os dados são criptografados. Os recursos descentralizados da rede permitem que todas as partes trabalhem juntas para garantir a confiança dos dados.

A ideia que fica deste projeto da IBM é que a qualidade dos produtos poderá ser, no futuro, certificada pelo Blockchain. A tecnologia de ponta, aplicada ao combate à fraude na alimentação.

 

Fonte: Pplware